O PDT anunciou nesta terça-feira, 4, apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa do segundo turno das eleições presidenciais, contra o atual chefe do executivo Jair Bolsonaro (PL). A posição foi anunciada pelo presidente da legenda, Carlos Lupi (PDT) durante coletiva no início da tarde.

O anúncio foi oficializado logo após o fim de uma reunião da Executiva nacional da sigla, que foi realizada durante a manhã. Em 2022, o partido lançou a candidatura do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto colocado. Ele teve 3,5 milhões de votos (3,04%) e obteve seu pior desempenho na disputa pela Presidência da República.

“Tomamos uma decisão unânime, sem um voto contrário. Eu repeti isso três vezes para que se tivesse voto contrário poderia registrar em ata, está gravado, a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula, que eu chamo de candidatura do 12 + 1″, disse Lupi durante o anúncio, ao lado do deputado federal cearense André Figueiredo (PDT).

 Segundo o presidente do PDT, serão apresentados alguns projetos à sigla petista, para que sejam incorporadas ao plano de governo. O primeiro deles diz respeito à proposição de renda mínima do deputado estadual eleito por São Paulo Eduardo Suplicy (PT), além da renegociação das dívidas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pequenas empresas.

A terceira sugestão é a integração das escolas de tempo integral na rede de ensino. O pedetista destacou que um novo compromisso será apresentado ao PT, que é o código nacional do trabalho. Segundo Lupi, o dispositivo mobiliza pautas como a defesa dos direitos da trabalhadores, assim como a revogação de dispositivos que, na avaliação dele, prejudicam a classe.

Durante a campanha deste ano, Ciro fez duras críticas a ambos os concorrentes. “Eu nunca vi uma situação tão complexa, tão desafiadora, tão potencialmente ameaçadora sobre a nossa sorte como nação. Por isso eu peço a vocês que deem mais algumas horas para conversar com meus amigos, conversar com meu partido, para que a gente possa achar o melhor caminho”, disse o ex-ministro logo após a confirmação do cenário do segundo turno.

Durante a coletiva desta terça, Lupi confirmou que o ex-governador do Estado participou da reunião e “endossou” a posição da legenda. “O Ciro não viajará, ficará aqui no Brasil e já declarou o apoio ao partido”, disse.

Para o presidente do PDT, o atual chefe do Executivo representa “o atraso” para o País, e “um aspirante a ditador” e completou: “Nosso trabalho para derrotar Bolsonaro tem que ser a prioridade absoluta. Derrotar Bolsonaro é uma causa nacional, uma causa da pátria, uma causa dos democratas”, completou.

Fonte:OPOVO