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Qual matéria vale mais nota no Enem? Especialistas revelam qual é e como funciona o cálculo final

Distribuição do peso das questões é feita após correção antichute que privilegia aluno com maior coerência entra as respostas

 

A menos de dois meses do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio), principal porta para ensino superior do país, os 3,9 milhões de estudantes que prestarão a prova — nos dias 5 e 12 de novembro — já estão se preparando para a reta final de seus estudos e focando as disciplinas que serão mais exigidas.

Mas qual seria uma boa estratégia, tendo em vista que as matérias em si não têm pesos diferentes e que o Enem utiliza o Sistema de Resposta ao Item (TRI), que identifica e conta menos os acertos na base do chute?

Se for avaliada a estrutura a prova, a resposta é simples: dedique-se a estudar matemática, disciplina que possui 45 questões apenas para ela, e redação, é claro, com a qual os candidatos podem adquirir até mil pontos.

Sandro Vimer Valentini Jr., coordenador do cursinho pré-vestibular Poliedro de Campinas, explica que o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) utiliza as notas do Enem ao indicar a pontuação mínima necessária para ingressar em determinado curso. Mas que, dentro da estrutura do exame, ter conhecimento em exatas pode fazer toda a diferença. Veja o por quê:

Primeiro dia (5/11)
• Ciências Humanas e Suas Tecnologias: 45 questões de história, geografia, sociologia e filosofia
• Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias: 45 questões de português, língua estrangeira, artes, literatura, educação física e tecnologias da informação e comunicação
• Redação

Segundo dia (12/11)
• Ciências da Natureza e Suas Tecnologias: 45 questões de física, química e biologia
• Matemática e Suas Tecnologias: 45 questões de matemática (álgebra, geometria, trigonometria, funções etc.)

Como funciona a teoria antichute

Fernanda Yamamoto, coordenadora de projetos Educacionais do Senac São Paulo, explica por que dois alunos que acertaram o mesmo número de questões justamente na prova de matemática, por exemplo, podem ter resultados diferentes.

Ao identificar uma questão acertada por chute — ou seja, quando o candidato errou uma mais fácil, que a maior parte dos alunos acertou, e se deu bem na mais difícil — o participante “terá uma nota inferior à de um estudante que acertou o mesmo número de questões fáceis, mas errou as mais complexas”.

É importante lembrar que, assim como no Sisu, as notas das disciplinas do Enem podem não ter pesos diferentes em si, mas possuem valor distinto ao compor o cálculo da média final, de acordo com o curso escolhido pelo candidato.

No de medicina da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, o desempenho em Ciências da Natureza tem peso 4 e em matemática tem peso 3. Ciências Humanas, Linguagens e a redação têm peso 2.

Valentini sugere que os candidatos confiram os editais passados do Sisu e das universidades. “Ainda que possam ser feitos ajustes e mudanças, os pesos de anos anteriores auxiliam no entendimento do perfil de aluno buscado pelas instiuições”, explica.

Ele indica planejar os estudos e criar uma rotina, dando prioridade aos conteúdos que o estudante tem dificuldade e que podem valer mais na pontuação.

 

 

Fonte:R7

 

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