A Petrobras foi pauta número 1 da campanha de 2018, que levou Bolsonaro ao Palácio do Planalto, vencendo o candidato Fernando Haddad, do PT, com diferença superior a 10 milhões de votos, no segundo turno. À época, a Petrobras era alvo da Operação Lava Jato, que descobriu uma rede de corruptos, saqueando a empresa. Gerentes, diretores, empresários, deputados e senadores foram alvos das operações comandadas pelo juiz Sérgio Moro. O PT foi o alvo maior da investigação.
Passados três anos e quatro meses, a mesma Petrobras virou um problemão para o presidente Bolsonaro. Com o litro de diesel e da gasolina tendo praticamente triplicado de preço e jogado para as alturas o custo de vida e a inflação, Bolsonaro pode perder a eleição no primeiro turno, vítima, também, da Petrobras.
O chefe do governo brasileiro já trocou e dois ministros de Minas e Energia e três presidentes da Petrobras, mas não conseguiu baixar os preços dos combustíveis.
Em manobra política, culpou governadores, pelo elevado preço da gasolina e do diesel. Eles congelaram os impostos e o preço dolarizado segue subindo. Pior: mesmo com o dólar desvalorizando, os preços não baixam, para desespero de Bolsonaro.
Em ato impensado, o presidente da República fez discurso de oposição contra a Petrobras, que está sob sua responsabilidade, por ser o governo
federal o dono da empresa. O ministro da Economia, Paulo Guedes, deveria atuar para salvar Bolsonaro, reduzindo os preços dos combustíveis, mas como tem empresas que atuam na Bolsa de Valores, onde as ações da Petrobras são negociadas, não se move ou sequer faz gestos para facilitar a vida política do presidente. Já o Centrão está saindo em socorro do presidente e propondo um auxilio de R$ 300 mensais para motoristas de táxis, mototaxistas e caminhoneiros, que passariam a usar a ajuda para comprar diesel e gasolina.
O incêndio está criado. Caso não apareça o bombeiro, Bolsonaro poderá ser vítima da mesma Petrobras, que o elegeu e está lhe fazendo derreter.
Fonte:Sobraldeprima